Porque hoje é sábado
parei a pensar o que hoje pensei.
E beijei tuas mãos.
Mãe
Amo
cada uma das tuas duas mãos.
São essas duas mãos
que cumprem
cada hora
o entender do coração
e o comando do pensar.
Porque são elas que me tocam
numa carícia,
que não sei
como aqui te vou contar.
Porque são elas
que me conchegam
quando sofro,
acenam-me um adeus
sempre que parto,
me abraçam quando chego,
me curam a ferida
do último trambolhão.
Porque são as carícias
dessas duas mãos abençoadas
que me contam histórias
sem palavras
que só eu e tu
sabemos entender.
Porque é o perfume
dessas duas mãos deliciosas
que me fazem entender
que estou a chegar perto de ti.
Porque o sabor
das rabanadas que comi
no último Natal
preparadas com as carícias
das tuas duas mãos
como souberam
a um maná de leite e mel,
e quanto mais doce
tornou meu coração.
E beijo, neste dia,
cada uma
das tuas duas mãos,
que cumprem cada hora
o entender do coração e
o comando do pensar.
Bem ajas,
minha Mãe,
meu Amor.